A ingratidão é sempre uma forma de fraqueza.
Nunca vi homens hábeis serem ingratos. (Johann Goethe)
Ao se aproximar mais um período eleitoral, muito se observa o
comportamento das pessoas que integram os grupos que movimentam para os acordos
políticos.
Como o ser humano, é dotado de racionalidade, pra ele tudo é
ofertado mediante suas convicções ideológicas,
culturais e valores morais e éticos.
Como a possibilidade de haver eleição
suplementar para Prefeito e Vice. Muitos já colocaram seus nomes na disputa,
outros guardam o segredo de concorrer uma eleição sobre sete chaves.
Em Paraty temos de tudo, temos do ingrato ao
que se diz esperto ascendendo uma vela para Deus e outra para o diabo, como diz
o ditado popular. Temos o que diz que é candidato apenas negociar candidatura.
Temos os que estão esperando as pesquisas. Temos também aquele que só está esperando
um motivo para cair fora. Temos o que sai das sombras em todas as eleições. Em breve vamos nomear cada um. Ora, sabemos
que na história, os homens e mulheres sem posição não foram nada, a não serem
animadores dos reis e rainhas que estavam no poder.
Mas quem somos nós para tentar pautar parte do
comportamento de uma sociedade medíocre e cheia de interesses pessoais? Na
verdade não somos muito, porém podemos contribuir para indicar que alguns
possam criar vergonha e tomar uma posição sobre o que querem e esperam
referente à política paratiense.
A política é boa, deve ser boa, tem que ser boa!
A política tem que ser pautada com compromisso e cumpri-los. Quem não cumpre
compromissos políticos está pautado ao esquecimento, ao limbo dos quem tiveram
oportunidades e não souberam aproveitar.
Para ilustrar o texto acima, vou recorrer aos
ensinamentos de um velho caiçara. Assim, recordamos uma antiga lenda judia que
fala de um homem condenado à morte e que ia ser apedrejado.
Os carrascos de plantão logo tomaram a
iniciativa e jogaram grandes pedras. O homem condenado suportou o terrível
castigo em silêncio. Não blasfemou, nenhum grito foi ouvido. Nem mesmo ma
lástima!
Estava passando por ali um homem que no passado
teria sido seu amigo. Pegou uma pedra pequena e remessou na direção do homem
condenado. Apenas para deixar transparecer que não era seu conhecido.
O pobre homem sentenciado a ser morto por
apedrejamento foi atingido pela minúscula pedra, soltou um grito estridente. O
rei, que tudo assistia, ordenou que um dos seus lacaios perguntasse ao réu
porque ele gritara quando atingido pela diminuta pedra, depois de haver
suportado, sem se perturbar, as grandes.
O infrator respondeu:
“As pedras grandes foram jogadas por homens que não me conhecem, por isso me
calei. Mas o pequeno pedregulho foi jogado por um homem que foi meu companheiro
e amigo. Por isso gritei. Veio-me a lembrança de sua amizade nos tempos de
minha felicidade. E agora vi sua felicidade quando me encontrou”.
O rei compadeceu-se e
ordenou que pusessem em liberdade, dizendo que mais culpado do que ele era
aquele que abandonava o companheiro.
A lenda nos dá nota de
quanto dói a ingratidão de um companheiro. Naturalmente, quanto mais estimamos
e confiamos em alguém, mais nos atormentará a sua traição. A sua ingratidão.
Soubemos, há alguns
anos, de um eleitor após ter ajudado seu correligionário por muitos anos se
tornar prefeito de uma cidade, foi traído por ele.
Esqueceu-se dos tantos benefícios, de longas horas
de dedição do antigo correligionário, depois de muitos questionamentos,
resolveu jogar por água abaixo toda dedicação, carinho e amizade a ele dedicados.
Ingratidão! Sentimento que somente floresce nos
corações enfermos. Moléstia do caráter, que requer como remédio a compaixão.
Como diz um dito popular! Prá quem entende um
pingo é letra!
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