É “possível elogiar sem bajular e criticar sem ofender”, palavras do recém falecido escritor, cronista e repórter esportivo Armando Nogueira. Partindo deste princípio cabe aqui um elogio aos Senhores Edson Lacerda, Benedito Gama e Aloysio de Castro todos ex-prefeitos, que mesmo com pouquíssimo recurso orçamentário, deram um tratamento diferenciado ao centro histórico, em especial seu calçamento de pedras irregulares, chamado de pé de moleque. Todo ano era nivelado e limpo. Hoje empresas de telefonia e iluminação retiram o calçamento para efetuar reformas deixando as ruas completamente esburacadas. Sem falar na iluminação, quando foi gasto uma quantia imensa na iluminação artística das igrejas e prédios históricos, sobrando apenas algumas caixas de mármores, demonstrado o mau exemplo de gastos em obras públicas. O que nos incomoda e entristece é falta do sistema de esgotamento sanitário. Sem que o poder público tome as devidas providências, tornando verdade o dito popular “obra enterrada não dá voto”. Uma pena para uma cidade que tem a pretensão de se tornar patrimônio da humanidade.
De lá para cá, os prefeitos que se sucederam, um após outro foram dando as mais diversas desculpas, ficando o nosso tão querido centro histórico completamente abandonado pelo poder público. “Quem ama cuida”, diz o dito popular, o que deveria ser prioridade dos governos ficou entregue a própria sorte.
Pelo Decreto 58.077 do Governo Federal, a cidade foi elevada à condição de Monumento Nacional. Neste mesmo decreto ficou reconhecida a obrigação do governo auxiliar a cidade para manter suas características e, ainda, para desenvolvê-la para o turismo e agricultura, de maneira a que a população tivesse condições de continuar mantendo as características coloniais.
NADA DISSO FOI FEITO! Até hoje Paraty se conserva com o sacrifício de seus habitantes para a manutenção onerosa de seus coloniais edifícios residenciais, nada recebendo do governo.
Somos de parecer favorável a isenção completa dos imóveis residenciais. Atualmente existe lei de minha autoria dando a isenção de cinqüenta por cento do IPTU aos imóveis estritamente residenciais. Nada mais justo!
Embora os turistas que visitam Paraty fiquem encantados com a beleza das ruas e de seus prédios centenários, não vive o dia a dia da cidade, não conhecendo as mazelas que afloram pelas ruas, deixando, nós moradores que amamos esse conjunto histórico, completamente indignados com o tratamento dado àquele que sem dúvida é o motivo mais importante para o turista que visita Paraty.
Aproveitando a oportunidade, parabenizo o autor da matéria e, informo que as cidades do Rio de Janeiro e Angra dos Reis, concedem isenção de IPTU para os prédios históricos e colonias.
ResponderExcluirA questão do esgotamento a céu aberto, feito no centro histórico, além de prejudicar de todas as formas os moradores e turistas, causa náuseas pelo odor fétido, trás doenças, emporcalha as ruas. A maré quando entra nas ruas retorna com toda essa sujeirada para as ruas próximas, ou seja, Rua Dr. Pereira, Rua Dona Geralda e finais das ruas transversais. Não dá conviver com isso. É lamentável.
Obrigado! Informo que existe uma Lei de minha autoria que concede desconto de IPTU para os moradores do Centro histórico.
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