Se o
desfecho do caso do prefeito e vice de Paraty for a manutenção da cassação.
Interinamente, quem assume é o presidente da Câmara Municipal, o vereador
Sanica, e convoca novas eleições. Mas como não se sabe se e quando isso
ocorrerá, há certa instabilidade na cidade, gerando incerteza aos moradores.
Neste período de incertezas o prefeito
“Casé” tem que usar toda sua energia para se defender, e evitar a perda do
mandato. E essa indecisão acaba contaminando a administração. A burocracia
municipal termina fazendo escolhas voltadas ao curto prazo para dar
legitimidade ao prefeito que foi cassado pelo TER-RJ - Tribunal Regional
Eleitoral.
Afirmo! Mesmo que o prefeito Casé e seu
vice Vidal termine o mandato, através de liminar concedida pelo TSE – Tribunal Superior
Eleitoral. Ficará para sempre a tarja em “vermelho” de prefeito cassado. Do mesmo
modo se ao final do processo não forem cassados também é muito ruim. Tem uma
administração com instabilidade, falta de segurança para planejar os passos de
médio e longo prazo. A liderança governamental fica em xeque.
Esta situação já deveria estar
definida. Mas como no Brasil os recursos são uma tradição e não é diferente
quando se trata de políticos eleitos. Quem fica prejudicada é a população que
fica no compasso de espera das liminares. Mas a Justiça brasileira as leis são
assim, permitem recursos e mais recursos até chegar à instância máxima, ou
seja, superior e supremo.
Vejo toda a Administração se empenhando
em mostrar-se eficiente aos olhos da população, para convencer da necessidade
da continuidade do governo que aí está. Para isso, obras públicas feitas as
pressas se avolumam, não param as campanhas publicitárias “caríssimas” são
intensificadas, sempre associando - se os benefícios levados ao povo em favor
da continuidade da administração a época, ou seja, gestão Casé.
Este modo de fazer
política leva o prefeito, vice e seus assessores a cometerem muitos erros para
manterem-se no poder, como está acontecendo em nossa cidade com o prefeito Casé
e seu vice Vidal. Então vejamos:
ENTENDA O PORQUÊ O
PREFEITO CASÉ FOI CASSADO?
Em
19 de abril de 2017, o TRE - RJ cassou os diplomas, por abuso de poder político
e econômico, do prefeito Casé e seu vice Vidal. Na ocasião, os desembargadores
entenderam que o prefeito e vice utilizaram o programa social “Paraty, minha
casa é aqui”, que dá direito de uso de terras públicas a cidadãos do município,
para se promoverem durante a campanha eleitoral e pela prática de conduta
vedada a agente público, por conta da aprovação, em período eleitoral, de lei
complementar visando reduzir a carga horária de servidores. Nesse mesmo processo, ambos foram declarados
inelegíveis por 08 (oito) anos, a contar de 2016, e multados em R$ 156.412,00
cada. Os efeitos desta decisão foram suspensos através de liminar concedida
pelo TSE – Tribunal Superior Eleitoral. Segundo informação o processo foi
devolvido para publicação e colocação em pauta para o término da votação, que
após, pedido de vista estava dois (02) a Zero, para cassação do mandato do
prefeito Casé.
Em
2018, o TER-RJ - Tribunal Regional Eleitoral repete a dose cassa novamente o
prefeito Casé e seu vice Vidal, por abuso de poder político e econômico nas
eleições de 2016.
Por
unanimidade os 07 (sete) Desembargadores entenderam que na semana anterior à
eleição, o então prefeito e candidato à reeleição Casé realizou obras de
asfaltamento e de recapeamento, inclusive em bens particulares. Um pouco antes
do início oficial da campanha eleitoral, em julho, a Prefeitura também havia
distribuído à população cartões que davam direito a gastos com alimentação, o
“green card”. Duas (2000) mil unidades desses cartões haviam sido adquiridas
sem licitação pelo Fundo de Assistência Social da Prefeitura.
“O valor da contratação,
R$ 315 mil, e o desvio de finalidade do programa social, concentrando sua
concessão nos meses anteriores ao pleito, possuem magnitude e repercussão
política suficiente para atingir a normalidade de um pleito municipal” redigiu
o relator do processo, o desembargador eleitoral Antônio Aurélio Abi Ramia. Ele
ainda lembrou que a eleição havia sido decidida por (05) cinco votos de
diferença da votação do segundo colocado. O prefeito e o vice podem
recorrer ao TSE – Tribunal Superior Eleitoral.
Portanto, há duas ações que
determinaram a cassação do prefeito Casé e seu vice Vidal. Uma por uso político
do Programa Social “Paraty, Minha Casa é aqui” e outra por realização de obras
de asfaltamento e de recapeamento em bens particulares e distribuição dos
cartões “Green Card”, no período das eleições de 2016. A defesa recorre.
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