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sábado, 1 de maio de 2010

Segundo Salão Estadual de Turismo. Foi bom para todos?

O turismo é a maior vocação de Paraty e deveria ser tratado como prioridade pelo governo. Hoje é responsável pela maior parte da arrecadação de nossa cidade, mas poderia ser maior esta participação. Ainda falta infra-estrutura e condições básicas para seu desenvolvimento e crescimento.
Nos dias 23 e 24 do mês de abril foi realizado em Paraty o 2º Salão Estadual de Turismo. Em entrevista a Revista Hotéis, o prefeito de Paraty declarou que foram investidos 750 mil reais para a realização do evento. A mesma revista ressaltou que eram esperados 10 mil pessoas, 1.200 operadores e agentes de turismo. Esse número de turistas e operadores não existe, todos os eventos e feriados, alguém resolve ter a mirabolante idéia de divulgar o número de turistas que vem a Paraty. É o caso do Salão Estadual de Turismo que divulgaram a incrível quantidade de 10 mil pessoas, esse número é uma falácia. Primeiro não há como calcular a quantidade de Turistas em um período tão curto. As estimativas de números são todas furadas. As únicas estimativas confiáveis seriam os leitos ocupados das pousadas, mas não há estrutura de estatística confiáveis na Secretaria de Turismo. O que foi presenciado, entretanto, não foi condizente com a expectativa. A maioria dos freqüentadores era de autoridades que representavam suas cidades. Se o evento não culminasse com dois feriados, o salão estaria completamente vazio. O que não justifica gasto deste montante. Qual foi o custo benefício de imediato, o tempo e o empresariado poderão dizer. O custo para a participação de Paraty nas grandes feiras nacionais e internacionais com certeza seria menor com maior retorno para todos, desde que a campanha de marketing fosse feita por profissionais competentes.
Em Paraty a divulgação institucional da cidade é feita pelo Convention Bureau que recebe da prefeitura uma grande quantia de recursos públicos. Já foram repassados 323 mil reais através de convênio, e recentemente foram solicitados mais 450 mil reais. Um absurdo já que a entidade representa uns poucos associados da iniciativa privada, na sua maioria somente de um setor, excluindo todos os demais que vivem de turismo e pagam seus impostos para o município, não para o Convention.
No ciclo de palestras acontecido no sábado, na última intitulada “Alianças estratégicas a serviço do turismo”, mediada, pelo Presidente do Paraty Convention Bureau, Álvaro Bacelar, estavam presentes apenas oito ouvintes, incluindo o escritor desse artigo, que escutaram do Diretor Adjunto da Confederação Brasileira dos Convention & Visitors Bureau, palestra sobre o tema Room Tax e Table Tax, taxa de turismo facultativa cobrada dos hotéis e restaurantes, onde declarou, “os Conventions têm que arrumar formas de arrecadação para não ficarem nas mãos do poder público”.
Faço aqui um questionamento: qual o critério usado para distribuir os recursos públicos, já que algumas entidades que prestam um excelente serviço social e cultural, como APAE, ITAE, ASILO, COLÔNIA DE PESCADORES, SINDICATOS, CASA DA CULTURA, entre outras, só conseguem recursos, e pouco, depois de consignadas no orçamento, sendo discutido exaustivamente e aprovada pela Câmara de Vereadores? Já o Convention Bureau, “nome pomposo” que poucas pessoas sabem o que é, ou o que faz. Consegue muito recurso através de convênio. Seria esta forma justa? Não estaria esta associação sendo privilegiada pela administração municipal, para atender ao interesse de uma meia dúzia em detrimento da maioria?

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