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sexta-feira, 18 de março de 2011

A Ponte Caiu


Não chegou a ser inaugurada, menos de (02) dois meses, "a ponte caiu", parece piada mais não é. A queda da ponte que liga o Bairro do Patrimônio a localidade da Forquilha, é o mais claro exemplo de governo que não ouve a população. Valor global da obra R$ 132.283,79 (Cento e trinta e dois mil, duzentos e oitenta e tres reais e setenta e nove centavos).

Mas todo aquele que ouve estas minhas palavras, e não as põe em prática, será comparado a um homem insensato, que edificou a sua casa sobre a areia. (Matheus 7 - 26)

A pedido da Revista VEJA, os auditores do Tribunal de Contas da União - TCU detalharam os golpes mais comuns em obras públicas, entre eles estão:


PROJETO EXECUTIVO BÁSICO MALFEITO – O primeiro passo para fazer uma obra é analisar o terreno onde ela será erguida. Se essa etapa não é cumprida com rigor, surgem imprevistos na sua execução que forçam os custos para além do que foi licitado. Os empreiteiros, portanto, adoram projetos executivos básicos malfeitos.

Todo projeto por menor que seja deveria ser analisado com o máximo rigor e ouvido a população envolvida. Se assim procedesse a administração este fato não seria concretizado. Pois a Prefeitura e o construtor saberiam do grande volume de água que passa pelo rio Carapitanga. “Governo que ouve seus munícipes erra menos”.

A ponte baixa existente a mais de 12 anos, ocasião em que foi feita a última reforma pelo Zé Baiano, morador da localidade, foi planejada para aquele tipo de rio, pois quando chove aumenta e muito o volume de água, passando com facilidade por cima daquela ponte, que não oferecia nenhuma resistência a sua passagem.

E desceu a chuva, correram as torrentes, sopraram os ventos, e bateram com ímpeto contra aquela casa, e ela caiu; e grande foi a sua queda. (Matheus 7 - 27)

O que levou o governo municipal ao tomar a decisão de trocar a ponte que já existia há anos, por uma nova, “no final do ano de 2010”, mesmo havendo resistência dos moradores daquela localidade. Se a população Patrimônio fosse consultada provavelmente esta não seria a prioridade do Bairro.

Outra maneira de inflar o orçamento, segundo o TCU é:

ADITAMENTO IRREGULAR – Por lei, toda obra no Brasil pode terminar custando 25% mais que o previsto, para evitar que incidentes travem os trabalhos. O que deveria ser exceção tornou-se regra. É difícil ver uma obra, por menor que seja, cujo orçamento não cresça nesse porcentual.

Fico imaginando se a saudosa Dona Sebastiana, mãe do Gringo, do Fiote, da Maura e da Deja estivesse viva estaria muita brava, e com razão. Imagino também qual seria o apelido que daria aos responsáveis por tamanha incompetência. Com certeza não culparia as chuvas.

Deixo aqui algumas indagações:

Quem vai arcar com o prejuízo da construção de uma nova ponte;

Quem será responsabilizado pelo desperdício do dinheiro público;

2 comentários:

  1. Parabéns! Você deveria ganhar um prêmio por mostrar a realidade que nossa cidade está passando. Ela não nerecia esse destino...

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  2. Também concordo com vc , anônimo. Uma cidade com esse nível INTERNACIONAL, eu não entendo, o que era melhor como estava ou agora, abandonada desse jeito?????? Mais infelizmente o povo quis mudança, e ta aí MUDOU. Lamentável!!!!!

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