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segunda-feira, 15 de abril de 2019

A INGRATIDÃO COM ÊNFASE NA POLÍTICA LOCAL!



A ingratidão é sempre uma forma de fraqueza. Nunca vi homens hábeis serem ingratos. (Johann Goethe)
Ao se aproximar mais um período eleitoral, muito se observa o comportamento das pessoas que integram os grupos que movimentam para os acordos políticos.
Como o ser humano, é dotado de racionalidade, pra ele tudo é ofertado mediante suas convicções ideológicas, culturais e valores morais e éticos.
Como a possibilidade de haver eleição suplementar para Prefeito e Vice. Muitos já colocaram seus nomes na disputa, outros guardam o segredo de concorrer uma eleição sobre sete chaves.
Em Paraty temos de tudo, temos do ingrato ao que se diz esperto ascendendo uma vela para Deus e outra para o diabo, como diz o ditado popular. Temos o que diz que é candidato apenas negociar candidatura. Temos os que estão esperando as pesquisas. Temos também aquele que só está esperando um motivo para cair fora. Temos o que sai das sombras em todas as eleições.  Em breve vamos nomear cada um. Ora, sabemos que na história, os homens e mulheres sem posição não foram nada, a não serem animadores dos reis e rainhas que estavam no poder.
Mas quem somos nós para tentar pautar parte do comportamento de uma sociedade medíocre e cheia de interesses pessoais? Na verdade não somos muito, porém podemos contribuir para indicar que alguns possam criar vergonha e tomar uma posição sobre o que querem e esperam referente à política paratiense.
A política é boa, deve ser boa, tem que ser boa! A política tem que ser pautada com compromisso e cumpri-los. Quem não cumpre compromissos políticos está pautado ao esquecimento, ao limbo dos quem tiveram oportunidades e não souberam aproveitar. 
Para ilustrar o texto acima, vou recorrer aos ensinamentos de um velho caiçara. Assim, recordamos uma antiga lenda judia que fala de um homem condenado à morte e que ia ser apedrejado.
Os carrascos de plantão logo tomaram a iniciativa e jogaram grandes pedras. O homem condenado suportou o terrível castigo em silêncio. Não blasfemou, nenhum grito foi ouvido. Nem mesmo ma lástima!
Estava passando por ali um homem que no passado teria sido seu amigo. Pegou uma pedra pequena e remessou na direção do homem condenado. Apenas para deixar transparecer que não era seu conhecido.
O pobre homem sentenciado a ser morto por apedrejamento foi atingido pela minúscula pedra, soltou um grito estridente. O rei, que tudo assistia, ordenou que um dos seus lacaios perguntasse ao réu porque ele gritara quando atingido pela diminuta pedra, depois de haver suportado, sem se perturbar, as grandes.
O infrator respondeu: “As pedras grandes foram jogadas por homens que não me conhecem, por isso me calei. Mas o pequeno pedregulho foi jogado por um homem que foi meu companheiro e amigo. Por isso gritei. Veio-me a lembrança de sua amizade nos tempos de minha felicidade. E agora vi sua felicidade quando me encontrou”.
O rei compadeceu-se e ordenou que pusessem em liberdade, dizendo que mais culpado do que ele era aquele que abandonava o companheiro.
A lenda nos dá nota de quanto dói a ingratidão de um companheiro. Naturalmente, quanto mais estimamos e confiamos em alguém, mais nos atormentará a sua traição. A sua ingratidão.
Soubemos, há alguns anos, de um eleitor após ter ajudado seu correligionário por muitos anos se tornar prefeito de uma cidade, foi traído por ele.
Esqueceu-se dos tantos benefícios, de longas horas de dedição do antigo correligionário, depois de muitos questionamentos, resolveu jogar por água abaixo toda dedicação, carinho e amizade a ele dedicados.
Ingratidão! Sentimento que somente floresce nos corações enfermos. Moléstia do caráter, que requer como remédio a compaixão.
Como diz um dito popular! Prá quem entende um pingo é letra!

quarta-feira, 10 de abril de 2019

Clima de incerteza afeta o dia a dia dos moradores de Paraty!



Se o desfecho do caso do prefeito e vice de Paraty for a manutenção da cassação. Interinamente, quem assume é o presidente da Câmara Municipal, o vereador Sanica, e convoca novas eleições. Mas como não se sabe se e quando isso ocorrerá, há certa instabilidade na cidade, gerando incerteza aos moradores.

Neste período de incertezas o prefeito “Casé” tem que usar toda sua energia para se defender, e evitar a perda do mandato. E essa indecisão acaba contaminando a administração. A burocracia municipal termina fazendo escolhas voltadas ao curto prazo para dar legitimidade ao prefeito que foi cassado pelo TER-RJ - Tribunal Regional Eleitoral.

Afirmo! Mesmo que o prefeito Casé e seu vice Vidal termine o mandato, através de liminar concedida pelo TSE – Tribunal Superior Eleitoral. Ficará para sempre a tarja em “vermelho” de prefeito cassado. Do mesmo modo se ao final do processo não forem cassados também é muito ruim. Tem uma administração com instabilidade, falta de segurança para planejar os passos de médio e longo prazo. A liderança governamental fica em xeque.

Esta situação já deveria estar definida. Mas como no Brasil os recursos são uma tradição e não é diferente quando se trata de políticos eleitos. Quem fica prejudicada é a população que fica no compasso de espera das liminares. Mas a Justiça brasileira as leis são assim, permitem recursos e mais recursos até chegar à instância máxima, ou seja, superior e supremo.

Vejo toda a Administração se empenhando em mostrar-se eficiente aos olhos da população, para convencer da necessidade da continuidade do governo que aí está. Para isso, obras públicas feitas as pressas se avolumam, não param as campanhas publicitárias “caríssimas” são intensificadas, sempre associando - se os benefícios levados ao povo em favor da continuidade da administração a época, ou seja, gestão Casé.

Este modo de fazer política leva o prefeito, vice e seus assessores a cometerem muitos erros para manterem-se no poder, como está acontecendo em nossa cidade com o prefeito Casé e seu vice Vidal. Então vejamos:

ENTENDA O PORQUÊ O PREFEITO CASÉ FOI CASSADO?

Em 19 de abril de 2017, o TRE - RJ cassou os diplomas, por abuso de poder político e econômico, do prefeito Casé e seu vice Vidal. Na ocasião, os desembargadores entenderam que o prefeito e vice utilizaram o programa social “Paraty, minha casa é aqui”, que dá direito de uso de terras públicas a cidadãos do município, para se promoverem durante a campanha eleitoral e pela prática de conduta vedada a agente público, por conta da aprovação, em período eleitoral, de lei complementar visando reduzir a carga horária de servidores.  Nesse mesmo processo, ambos foram declarados inelegíveis por 08 (oito) anos, a contar de 2016, e multados em R$ 156.412,00 cada. Os efeitos desta decisão foram suspensos através de liminar concedida pelo TSE – Tribunal Superior Eleitoral. Segundo informação o processo foi devolvido para publicação e colocação em pauta para o término da votação, que após, pedido de vista estava dois (02) a Zero, para cassação do mandato do prefeito Casé.

Em 2018, o TER-RJ - Tribunal Regional Eleitoral repete a dose cassa novamente o prefeito Casé e seu vice Vidal, por abuso de poder político e econômico nas eleições de 2016.
Por unanimidade os 07 (sete) Desembargadores entenderam que na semana anterior à eleição, o então prefeito e candidato à reeleição Casé realizou obras de asfaltamento e de recapeamento, inclusive em bens particulares. Um pouco antes do início oficial da campanha eleitoral, em julho, a Prefeitura também havia distribuído à população cartões que davam direito a gastos com alimentação, o “green card”. Duas (2000) mil unidades desses cartões haviam sido adquiridas sem licitação pelo Fundo de Assistência Social da Prefeitura.
“O valor da contratação, R$ 315 mil, e o desvio de finalidade do programa social, concentrando sua concessão nos meses anteriores ao pleito, possuem magnitude e repercussão política suficiente para atingir a normalidade de um pleito municipal” redigiu o relator do processo, o desembargador eleitoral Antônio Aurélio Abi Ramia. Ele ainda lembrou que a eleição havia sido decidida por (05) cinco votos de diferença da votação do segundo colocado. O prefeito e o vice podem recorrer ao TSE – Tribunal Superior Eleitoral.
Portanto, há duas ações que determinaram a cassação do prefeito Casé e seu vice Vidal. Uma por uso político do Programa Social “Paraty, Minha Casa é aqui” e outra por realização de obras de asfaltamento e de recapeamento em bens particulares e distribuição dos cartões “Green Card”, no período das eleições de 2016.  A defesa recorre.