Ninguém nega o valor da educação e que um bom professor é imprescindível. Mas, ainda que desejem bons professores para seus filhos, poucos pais desejam que seus filhos sejam professores. Isso nos mostra o reconhecimento que o trabalho de educar é duro, difícil e necessário, mas que permitimos que esses profissionais continuem sendo desvalorizados. Apesar de mal remunerados, com baixo prestígio social e responsabilizados pelo fracasso da educação, grande parte resiste e continua apaixonada pelo seu trabalho.
A data é um convite para que todos, pais, alunos, sociedade, repensemos nossos papéis e nossas atitudes, pois com eles demonstramos o compromisso com a educação que queremos. Aos professores, fica o convite para que não descuidem de sua missão de educar, nem desanimem diante dos desafios, nem deixem de educar as pessoas para serem
“águias” e não apenas “galinhas”. Pois, se a educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela, tampouco, a sociedade muda.
Paulo Freire
Art. 1° - Fica criada a Escola Municipal de Ensino Fundamental “Professora Pequenina Calixto”.
O artigo acima é parte da Lei 1151/99
de minha autoria, enquanto estava no exercício da função de Vereador, denominando a antiga escola do Ribeirinho, para Escola Fundamental Professora “Pequenina Calixto”.
No dia 27 de dezembro do corrente ano se fosse viva, a professora Pequenina Calixto estaria completando 112 anos.
Ao longo de sua vida a dedicada mestra se fez presente nas questões de ensino no Município.
Diplomou-se em 1922 pela Escola nacional de Niteroi, ao regressar à Paraty, assumiu a direção da Escola feminina e Diretora do Escolar Raul Pompéia.
Exerceu o Magistério de 1923 a 1956, quando se aposentou, ano em que este humilde paratiense, nasceu na localidade de Ponte Branca.
Ensinou várias gerações e apesar da severidade com que tratava os seus alunos, soube cativar a amizade de todos e fazê-los amigos.
Nunca é tarde lembrar, a Professora Pequenina Calixto é irmã da Dona Madalena, esposa do Senhor Ari Pádua, também irmã do Senhor José Calixto o saudoso Senhor Zuzú da Padaria Esperança, pai do Senhor Hamilton Calixto, que vem a ser pai do Gilmar, da Ana e da Gilcimar. A Senhora Pequenina é tia do Senhor Ranulpho Calixto, que é o pai do Senhor Rogério proprietário da Pousada Paisagem.
O brilhante pedagogo e educador Paulo Freire afirmava sabiamente “a educação não transforma o mundo. Educação muda pessoas. Pessoas é que transformam o mundo”.
Os espaços físicos das instalações escolares passam mensagens às vezes mais fortes e poderosas do que os conteúdos apresentados por professores ou materiais didáticos.
Teço este comentário levando em consideração de que a Educação não se compõe apenas do espaço físico, mais de um conjunto de fatores, afinal a grande transformação não se faz só com a obra. Ela é necessária para dar estrutura para os professores e alunos, mas é através do processo educacional que podemos transformar esta cidade.
Foi de suma importância a construção do novo prédio inaugurado dia 14 de março deste ano, onde funcionará a Escola de Ensino Fundamental Professora Pequenina Calixto, ha muito tempo reivindicado pela população paratiense.
Cabe também, um comentário sobre a localização do prédio, cujo local a meu ver é muito perigoso. A escola fica localizada na Avenida Roberto da Silveira,
saída obrigatória da cidade e de fluxo intenso de veículos e sem os equipamentos urbanos necessários, colocando em risco os alunos que irão freqüentá-la. Parece-me que em breve terá uma rotatória que interligará a nova rua paralela a escola, com a ponte já em construção, o que aumentará ainda mais o fluxo de veículos nas proximidades.
Tenho observado a grande quantidade de alunos, tanto na hora da saída ou da entrada na escola, circulando tranquilamente pela Avenida Roberto da Silveira construída para trafegar os veículos motorizados, fazendo isto estão colocando suas vidas em riscos,
o que sem dúvida deixarão os pais destes alunos bastante preocupados, pois estarem sujeitos a serem atropelados e até mesmo provocar outros acidentes.
A calçada é a via do sistema viário destinada ao pedestre, sendo este, toda pessoa que anda a pé, inclusive aquela que deixa seu carro no estacionamento e segue o seu destino, seja para o trabalho, escola, lazer, negócios e outras finalidades. É considerado também pedestre o ciclista desmontado empurrando a bicicleta.
Pergunta-se então. Se a calçada e ciclovia são vias públicas e pertence ao patrimônio do Município, não é de responsabilidade dele em construir e fazer a manutenção das calçadas públicas, assim como faz com a pista por onde passam os carros?
A legislação existe para ser cumprida o, que falta é boa vontade política, para fazer o que a lei determina. Aproveito para transpor a íntegra da Lei 1158/99 de minha autoria, enquanto Vereador, que dispõe sobre a criação de ciclovia e estacionamentos de bicicletas. Que se enquadra perfeitamente a nossa cidade.
Art. 1° - Os projetos de obras viárias visando a construção de avenidas e calçadões no município de Paraty, elaborados a partir da publicação desta Lei, contemplarão obrigatoriamente, espaço destinado a implantação de Ciclovias.
Art. 2° - As estradas que forem construídas no município de Paraty, com ou sem pavimentação asfáltica, incluirão uma faixa exclusivamente destinada aos ciclistas.
Art. 3° - Os projetos para a construção de avenidas que impliquem a construção de pontes deverão prover que estas sejam dotadas de ciclovias integradas às avenidas.
Art. 4° - As praças e os parques públicos municipais, que comportem a circulação de bicicletas, serão dotados de ciclovia.
Art. 5° - Toda obra, pública ou particular, geradora de tráfego de pessoas e veículos, a ser implementada no município de Paraty, tais como: escolas, praças, parques, condomínios, centros esportivos empresariais e outros afins, terão, obrigatoriamente, bicicletários, suportes, ou espaços reservados para a guarda de bicicletas.
Art. 6° - Esta lei entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário.