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sexta-feira, 13 de março de 2020

Choque de gestão no turismo “começar do zero”


“Para quem não sabe aonde quer ir, qualquer caminho serve!” (Adaptado de Alice no País das Maravilhas).
Em outubro próximo, haverá eleições municipais, o prefeito eleito iniciará nova gestão administrativa em janeiro de 2021. Dentro desta perspectiva será aberta a temporada de “disse me disse” sobre possíveis nomes para ocupar os cargos de secretários municipais.
Apesar disso, o texto de hoje procura mostrar aos leitores, amigos e seguidores a profundidade no que deve ser levado em consideração na escolha de um secretário municipal: QUALIDADE POLÍTICA OU TÉCNICA de quem está sendo nomeado?
Posso afirmar, hoje, que o turismo tem que estar entre as pautas prioritárias de Paraty; e não podemos ter dúvidas de que essa indústria é uma catalizadora de recursos, de geração de emprego e renda, de fomento de negócios, de atração de investimentos. E a nossa cidade - como poucas no mundo - dispõe de uma ampla variedade de atrativos, da cultura à gastronomia, à arte ao ecoturismo  e aventura, sem contar  as suas praias deslumbrantes, os ecossistemas variados, os  parques e  os patrimônios  históricos.

A SECRETARIA DE TURISMO, por exemplo, deveria ser ocupada por quem tenha experiência na área e que reúna todos os atributos que o cargo exige. Este assunto, apesar de pouco discutido, pode interferir de forma direta, em setores de suma importância para a vida da cidade de Paraty.
Quando uma atividade é planejada o município só tem a ganhar. O poder público é o maior indutor da atividade e cabe a ele “escolher” o tipo de turismo que pretende desenvolver (claro de acordo com suas potencialidades), além de ser responsável pelas parcerias pública, privada e terceiro setor, envolvendo assim, as empresas voltadas para o setor turístico.
Cabe ressaltar que se faz necessário implantar o que determina Plano de Desenvolvimento Turístico de Paraty aprovado pela Câmara de Vereadores e sancionado pelo Prefeito a época, foi fruto de grande discussão e que contempla uma série de projetos e políticas públicas capazes de eliminar os entraves ao desenvolvimento sustentável da atividade turística em Paraty.
Quero aqui, manifestar minha opinião sobre este assunto que envolve todos os moradores desta tão querida cidade. Falar sobre turismo é falar de uma atividade que hoje lidera o ranking mundial entre os setores produtivos que mais geram empregos e divisas no mundo, exercendo impacto em 52 segmentos da economia. Uma indústria na qual, segundo estudos da FGV, cada real investido traz 20 em retorno. E onde 1 em cada 5 empregos  são criados no mundo.
O mercado turístico torna-se a cada dia mais concorrido exigindo das cidades e das Secretarias de Turismo maior competitividade. Do lado da demanda, temos turistas mais exigentes em relação à qualidade dos produtos turísticos e do lado da oferta, temos aumentos constantes de opções de destinos turísticos, que buscam constantemente melhores índices de qualidade, menores preços e diversificação de produtos, objetivando sempre o aumento de suas participações no mercado. Nesse cenário, é fundamental a formação e oferta de produtos turísticos adequados à demanda, além da implantação de um consistente planejamento estratégico, que assegure um turismo sólido e sustentável e que beneficie principalmente a comunidade local.

A atividade turística ocupou um espaço muito particular na economia brasileira e Paraty está inserida neste contexto e por isso, deve ser utilizada, de forma organizada, como estratégia de crescimento econômico com justiça social.
O turismo é alavanca para o desenvolvimento sustentável da economia e nos últimos anos responsáveis por um razoável percentual das divisas que entraram no país, através dos milhões de estrangeiros que visitaram anualmente o Brasil e Paraty, cidade escolhida para compor a política federal de turismo, “65 destinos indutores de turismo”, integrante da Rede de Cidades Criativas da UNESCO “gastronomia”, cidade em referência cultural e reconhecida pela UNESCO como Patrimônio Mundial com a denominação Paraty: cultura e biodiversidade.

Os turistas ficam encantados com as nossas belezas naturais, nossa cultura e receptividade do povo paratyense, mas se não lutarmos para construir uma imagem de cidade como destino turístico de primeira linha, dificilmente será uma cidade competitiva no mercado nacional e internacional.

Temos que arregaçar as mangas e iniciar um planejamento estratégico, ou seja, implantar de fato uma política de turismo, visando um plano efetivo de marketing e infraestrutura, para que um verdadeiro ataque seja feito aos grandes centros emissores de turistas.

É importante que entendamos como prioridade à elaboração de um planejamento de marketing elaborado por profissionais competentes e baseado numa política séria de turismo, divulgando institucionalmente a cidade de Paraty. Em especial, diminuir os efeitos da sazonalidade “baixa temporada”: geralmente as viagens dos executivos ocorrem durante a semana e praticamente durante o ano inteiro. Os dias úteis da semana são mais utilizados pelos executivos para ocupação dos serviços turísticos, deixando os finais de semana livres para o turismo de lazer. Igualmente para as participações em feiras e workshops. Em destinações turísticas, como as praias, os executivos procuram evitar o deslocamento em período de férias, ou seja, a alta temporada, quando os preços são mais elevados. Por isso, as viagens de negócios tendem a não ser sazonais, portanto trata-se de um segmento que muito contribui para diminuir os efeitos da baixa temporada e que só será implantado prioritariamente com a construção do CENTRO DE EVENTOS E CONVENÇÕES.
Aposto na inserção de Paraty como destino turístico no mercado internacional, atividade que requer a implementação, das atuais e novas políticas governamentais, visando o incremento dos negócios turísticos, com geração de emprego e melhoria da qualidade de vida. 
Para mim, após ter vivenciado como secretario de turismo e cultura as transformações dos últimos anos, o aumento do fluxo de turista na alta temporada. Chego à conclusão que Paraty precisa de um verdadeiro CHOQUE DE GESTÃO NO TURISMO.

  Pital