“Para
quem não sabe aonde quer ir, qualquer caminho serve!” (Adaptado de Alice no
País das Maravilhas).
Em outubro próximo, haverá eleições municipais, o prefeito
eleito iniciará nova gestão administrativa em janeiro de 2021. Dentro desta perspectiva
será aberta a temporada de “disse me disse” sobre possíveis nomes para ocupar
os cargos de secretários municipais.
Apesar disso, o texto de hoje procura
mostrar aos leitores, amigos e seguidores a profundidade no que deve ser levado
em consideração na escolha de um secretário municipal: QUALIDADE POLÍTICA OU
TÉCNICA de quem está sendo nomeado?
Posso afirmar, hoje, que o turismo
tem que estar entre as pautas prioritárias de Paraty; e não podemos ter dúvidas
de que essa indústria é uma catalizadora de recursos, de geração de emprego e
renda, de fomento de negócios, de atração de investimentos. E a nossa cidade -
como poucas no mundo - dispõe de uma ampla variedade de atrativos, da cultura à
gastronomia, à arte ao ecoturismo e
aventura, sem contar as suas praias
deslumbrantes, os ecossistemas variados, os
parques e os patrimônios históricos.
A SECRETARIA DE TURISMO, por exemplo,
deveria ser ocupada por quem tenha experiência na área e que reúna todos os
atributos que o cargo exige. Este assunto, apesar de pouco discutido, pode
interferir de forma direta, em setores de suma importância para a vida da
cidade de Paraty.
Quando uma atividade é planejada o
município só tem a ganhar. O poder público é o maior indutor da atividade e
cabe a ele “escolher” o tipo de turismo que pretende desenvolver (claro de
acordo com suas potencialidades), além de ser responsável pelas parcerias pública,
privada e terceiro setor, envolvendo assim, as empresas voltadas para o
setor turístico.
Cabe ressaltar que se faz necessário implantar o que determina Plano
de Desenvolvimento Turístico de Paraty aprovado pela
Câmara de Vereadores e sancionado pelo Prefeito a época, foi fruto de grande
discussão e que contempla uma série de projetos e políticas
públicas capazes de eliminar os entraves ao desenvolvimento
sustentável da atividade turística em Paraty.
Quero aqui, manifestar
minha opinião sobre este assunto que envolve todos os moradores desta tão
querida cidade. Falar sobre turismo é falar de uma atividade que hoje lidera o
ranking mundial entre os setores produtivos que mais geram empregos e divisas
no mundo, exercendo impacto em 52 segmentos da economia. Uma indústria na qual,
segundo estudos da FGV, cada real investido traz 20 em retorno. E onde 1 em
cada 5 empregos são criados no mundo.
O mercado turístico
torna-se a cada dia mais concorrido exigindo das cidades e das Secretarias de
Turismo maior competitividade. Do lado da demanda, temos turistas mais exigentes em relação à qualidade dos produtos
turísticos e do lado da oferta, temos aumentos constantes de opções de destinos turísticos, que buscam
constantemente melhores índices de qualidade, menores preços e diversificação
de produtos, objetivando sempre o aumento de suas participações no mercado. Nesse
cenário, é fundamental a formação e oferta de produtos turísticos adequados à
demanda, além da implantação de um consistente planejamento estratégico, que
assegure um turismo sólido e sustentável e que beneficie principalmente a
comunidade local.
A atividade
turística ocupou um espaço muito particular na economia brasileira e Paraty
está inserida neste contexto e por isso, deve ser utilizada, de forma
organizada, como estratégia de crescimento econômico com justiça social.
O turismo é alavanca para o
desenvolvimento sustentável da economia e nos últimos anos responsáveis por um
razoável percentual das divisas que entraram no país, através dos milhões de
estrangeiros que visitaram anualmente o Brasil e Paraty, cidade escolhida para
compor a política federal de turismo, “65 destinos indutores de turismo”,
integrante da Rede de Cidades Criativas da UNESCO “gastronomia”, cidade em
referência cultural e reconhecida pela UNESCO como Patrimônio Mundial com a
denominação Paraty: cultura e biodiversidade.
Os turistas ficam encantados com as
nossas belezas naturais, nossa cultura e receptividade do povo paratyense, mas
se não lutarmos para construir uma imagem de cidade como destino turístico de
primeira linha, dificilmente será uma cidade competitiva no mercado nacional e
internacional.
Temos que arregaçar as mangas e
iniciar um planejamento estratégico, ou seja, implantar de fato uma política de
turismo, visando um plano efetivo de marketing e infraestrutura, para que um
verdadeiro ataque seja feito aos grandes centros emissores de turistas.
É importante que
entendamos como prioridade à elaboração de um planejamento de marketing elaborado
por profissionais competentes e baseado numa política séria de turismo,
divulgando institucionalmente a cidade de Paraty. Em especial, diminuir os
efeitos da sazonalidade “baixa temporada”: geralmente as viagens dos executivos
ocorrem durante a semana e praticamente durante o ano inteiro. Os dias úteis da
semana são mais utilizados pelos executivos para ocupação dos serviços
turísticos, deixando os finais de semana livres para o turismo de lazer.
Igualmente para as participações em feiras e workshops. Em destinações
turísticas, como as praias, os executivos procuram evitar o deslocamento em
período de férias, ou seja, a alta temporada, quando os preços são mais
elevados. Por isso, as viagens de negócios tendem a não ser sazonais, portanto
trata-se de um segmento que muito contribui para diminuir os efeitos da baixa
temporada e que só será implantado
prioritariamente com a construção do CENTRO DE EVENTOS E CONVENÇÕES.
Aposto na inserção
de Paraty como destino turístico no mercado internacional, atividade que requer
a implementação, das atuais e novas políticas governamentais, visando o
incremento dos negócios turísticos, com geração de emprego e melhoria da qualidade
de vida.
Para mim, após ter
vivenciado como secretario de turismo e cultura as transformações dos últimos
anos, o aumento do fluxo de turista na alta temporada. Chego à conclusão que
Paraty precisa de um verdadeiro CHOQUE DE GESTÃO NO TURISMO.
Zé
Pital