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sexta-feira, 17 de abril de 2015

Farinha pouca meu pirão primeiro

O processo de nomeação, como não tem limites, permite o Executivo “Presidente, Governador, Prefeito” usar nomeações para cooptar partidos políticos, a nível "Federal, Estadual e Municipal". Isso é feito para garantir vida mansa para o chefe do Executivo, mas destrói o caráter partidário dos partidos no Legislativo. O interesse por cargos traz prejuízo à representativa e à relevância dos partidos e causa devastação na eficiência administrativa. O agente público vira agente partidário. Portanto a escolha tem que ter critérios:
Uma das funções profissionais mais delicadas é de assessor.
Um bom assessor pode qualificar as ações do assessorado ou simplesmente liquidá-lo.
Um dos grandes problemas que surge na relação assessor/assessorado é quando o primeiro quer ser "maior" ou mais importante do que o segundo.
É muito comum ver assessores com o que chamo "Complexo de Autoridade".
Um assessor com este complexo sofre porque queria estar no lugar do assessorado, mas, por algum motivo ao longo da vida, não conseguiu se tonar a autoridade que um dia sonhou ser.
Assessores desse tipo acabam atrapalhando e mesmo afugentando as pessoas da autoridade ou liderança que assessora.
A rigor, o assessor é um funcionário, um servidor de alguma pessoa hierarquicamente subordinado, logo não possui competência para decidir ou falar em nome do "chefe".
Entretanto, há alguns assessores que se esquecem desta realidade e acabam tentando confundir-se com o assessorado, causando todo tipo de transtorno.
Outro erro capital cometido por alguns assessores é crise de ciúmes. Essa é de lascar!
É aquele tipo de assessor que esconde o assessorado com receio de perder a amizade, gosto, respeito e sei mais o quê do chefe.
Ao esconder o chefe, o assessor pensa estar preservando-o. Grave erro!
Um assessor seguro da sua competência não fica com medo de perder o "amor" do assessorado. Pelo contrário, deve sempre que possível fazer com que o chefe esteja disponível para as pessoas, aberto a novos contatos e novas relações políticas, sociais, profissionais etc.
Ao "blindar" o chefe de novas relações, além de se tornar uma pessoa antipática aos olhos dos outros, esse tipo de assessor acaba contaminando o assessorado com a sua antipatia.
Isso tudo sem falar que um assessor com estas características sofre de um sério transtorno de personalidade, revelando fraqueza e claro viés de incompetência por trás de uma autoridade e poder aparente.
Um bom assessor deve ser um aglutinador, um hábil profissional na arte das relações pessoais e um ótimo "ouvidor", tanto do chefe quanto das pessoas que procuram algum contato com o mesmo.
"Esse cara se acha"; "Esse cara vai acabar com o chefe dele"; Quem não já ouviu frases como estas sobre determinados assessores?
Pois é. Isso é mais comum do que se pode imaginar.
Por fim, você que é assessor de alguma autoridade, seja político, empresário, gestor público etc, lembre-se:
ü Nunca queira ser mais importante do que o seu chefe;
ü Não esconda seu assessorado das pessoas;
ü Não tenha medo de dizer aquilo que o chefe precisa ouvir, mesmo que ele não se agrade com a verdade.
ü Assessor também tem o direito de dizer "não";
ü Não caia no conto popular de que "é melhor puxar saco do puxar carroça";
ü Um líder de verdade não gosta de puxa-sacos e bajuladores.
É isso.
PS: Este artigo é um exercício de reflexão profissional e político, qualquer semelhança com algum caso na realidade é mera coincidência. 
No próximo artigo vamos falar sobre o livro o Príncipe de Maquiavel, que trata do mesmo assunto.

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