Nas
discussões sobre usar o dinheiro do fundão eleitoral ou não para ajudar no
controle da Covid-19 no Brasil é preciso que se pergunte, também, se as
eleições correrão o rumo normal ou não em 2020.
É muito
cedo, ainda, para se falar em adiar o pleito ou coisa do tipo. Mas é impossível
não ter o rumo natural da disputa alterado, inclusive da campanha eleitoral,
nos 45 dias em que ela acontece. Basta fazer as contas. A previsão dos órgãos
de saúde é que o pico dos casos no Brasil aconteça em maio, podendo se estender
para junho.
Depois,
ainda haverá mais alguns meses com a regressão do número de ocorrências. As
convenções, por exemplo, estão marcadas para julho. Será possível já promover
aglomerações sem colocar em risco a vida dos militantes, em julho?
É difícil
imaginar que o restante da campanha também não será impactado. Candidatos
continuarão fazendo comícios, caminhadas, abraçando eleitores, tranquilamente?
Ninguém
discute que o fundo eleitoral é muito menos importante do que usar esse
dinheiro, mais de R$ 2 bilhões, para promover a saúde das pessoas.
Mas,
até que ponto ele será mais ou menos necessário, já que a campanha terá que
ser, provavelmente, adaptada? Como será essa adaptação?
O TSE
precisa estudar as possibilidades e apresentar aos partidos.
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